Adeus?

Você já se deu um Google? Bom, foi o que eu acabei de fazer e achar algumas fotos e posts aqui do blog.

O Gustavo de 2024 achou cringy demais deixar os posts públicos e resolveu arquivar todos. 

    Eu comecei esse blog em 2013/2014 quando tinha 16 anos e era apenas um estudante do ensino médio. Lembro que eu queria muito mostrar a minha paixão por livros e esse blog foi a maneira de fazer isso. Ao reler as resenhas e dicas que postava aqui, eu percebi como (a minha gramática era horrível) isso marcou uma época da minha vida. Em 2013 eu era tão viciado em ler quanto eu sou em jogar online hoje em dia. Eu lia e relia os meus livros favoritos e tinha uma wishlist enorme de livros para comprar. 

Tanta coisa mudou em 10 anos. Se você me acompanhou naquela época, um muito obrigado. 

Deixarei o blog ativo como lembrança. 

 

Entrevista com John Harding, autor do livro A Menina Que Não Sabia Ler


Hoje trago para vocês uma entrevista que fiz com o escritor John Harding! Para quem ainda não o conhece, ele é autor do livro "A Menina Que Não Sabia Ler". Publicado aqui no Brasil pela Editora Leya. A entrevista foi feita por e-mail . O escritor também me enviou junto com a entrevista um recadinho:


Oi Gustavo.



Aqui estão as minhas respostas . Desculpe eu não ter respondido algumas delas, porque eu não quero dizer exatamente o que acontece no livro. Eu acho que o prazer no livro deve vir do leitor descobrir o que acontece. Todas as pistas estão no livro e quem lê-lo com muito cuidado será capaz de encontrá-as. Espero que esteja tudo OK.



Muito obrigado por dedicar seu tempo e esforço para me entrevistar. Suas perguntas eram realmente interessante.



Abraços, John.




AVISO! Esta entrevista pode conter spoilers do livro.


Como surgiu a ideia de escrever o livro "A Menina Que Não Sabia Ler?

JH: Ela veio de "The Turn of the Screw" de Henry James, a história do fantasma clássico, sobre uma governanta, dois filhos e um guardião ausente. No livro de James a história é contada pela governanta e tudo é visto a partir de seu ponto de vista. Eu pensei que seria interessante vê-lo a partir do ângulo de uma das crianças. Eu decidi não fazer uma reescrita da história de James, mas simplesmente usar a situação básica de governanta, dois filhos e uma casa remota. Na história de James o leitor nunca sabe ao certo se os fantasmas são reais ou se é tudo na imaginação do governanta. É para o leitor decidir e eu gostei da ideia.



Você gosta de psicologia? Já que o livro trata de assuntos mentais.

JH: Sim. Sou casado com uma psicoterapeuta e eu estou interessado na forma como a doença mental é tratada nos dias de hoje. A sequência desse livro falará sobre isso e eu li um monte de livros sobre a história do tratamento de saúde mental para isso. Deve ser publicado no Brasil no próximo ano.


A Srta. Taylor era realmente um fantasma como Florence pensava que era, ou ela fazia parte da loucura da Florence?

JH: Eu acho que é para o leitor decidir. Mas ao contrário do livro de James, no meu livro não há uma resposta definitiva se o leitor é inteligente o bastante para trabalhar com isso.


Porque a Srta Taylor tinha a intenção de sequestrar Giles?

JH: Mais uma vez, eu acho que essas coisas são para o leitor decidir, mas as respostas estão definitivamente no livro.


O que significa a frase “Ah meu querido, eu poderia comê-lo”?

JH: É realmente "Minha querida, eu poderia comer você." Em Inglês temos uma frase bem conhecida "Você parece bom o suficiente para comer". Isso significa que se você se sente muito afetuoso com alguém, embora, obviamente, no contexto em que a Srta Taylor usa a frase torna-se muito mais sinistra.


O que aconteceu com os pais de Florence?

JH: Eu não gosto muito de responder a essa e algumas das perguntas anteriores, mas é simplesmente que eu não quero estragar o livro para aqueles que ainda não o leram. Eu acho que um leitor atento vai saber o que aconteceu com os pais de Florence.


O livro terá uma continuação?


JH: A sequência já está escrita e a Leya no Brasil já comprou os direitos por isso deve ser publicado lá em 2014.


Sobre o que falará a continuação?

JH: Eu não tenho certeza se entendi a pergunta. Se você quer dizer quem vai ser o narrador eu posso lhe dizer que não é Florence.


Existe alguma proposta de adaptação do livro para o cinema?

JH: Sim, eu acabei de assinar a adaptação do livro para filme com uma empresa de produção de filmes inglesa. Estou esperando para escrever o roteiro sozinho. Se tudo correr bem, eu espero o filme para ser lançado, talvez em 2015.



Espero que tenham gostado da entrevista, até a próxima pessoal.